sábado, 2 de julho de 2011

INCLUSÃO ESCOLAR REALIDADE OU FAZ DE CONTA???

INCLUSÃO DE FAZ DE CONTA NA SALA DE AULA( MATÉRIA DO JORNAL DO COMMÉRCIO DE 19 DE JUNHO DE 2011 PELA JORNALISTA MARGARIDA AZEVEDO)
O assunto predominante na sala das mães do encontro deste mês girou em torno da inclusão escolar e os problemas enfrentados por nossos filhos seja pela falta de material didático, seja pelo despreparo dos profissionais. O mesmo material que é usada para alfabetização dos demais alunos  é usado para os nosso filhos, o que sabemos não é apropriado, pois não há como alfabetizar crianças especiais com um quadro, lápis colorido,papel e borracha faz-se necessário material específico para cada deficiência.
Para os deficientes auditivos se não houver a presença de um intérprete em tempo real ao que a aula acontece esse aluno vai ficar alienado a tudo que alí estiver sendo dito.
No caso dos deficientes visuais de adolescentes à adultos a ajuda de um intinerante brailista e livros em braille, é imprescindível.
 Para os pequeninos faz-se necessário um arsenal de material didático para estimulação tátil, sensorial,olfitativa usando texturas,livros com desenhos em relevos, brinquedos diversos para estimulação dos sentidos...
Para as crianças e adultos com deficiência intelectual e com múltipla deficiências a escola tem que levar em consideração suas limitações, deixá-lo em uma sala onde ele fica alheio ao que está acontecendo não é inclusão, tem que ver o grau de dificuldade de cada um. Há crianças que não estão preparadas para essa inclus4ão, pois por hipeatividade não ficam sentadas, precisam primeiro passar por um processo de socialização, processo que tínhamos quando havia a escola especial, daí então nossos filhos, que até então possuíam comportamentos avessos de se agredir, ficar gritando aleatoriamente, não ficar sentado por mais que um minuto, estão hoje mais sociáveis para estarem em escola regular.
A inclusão é sim um avanço da sociedade fazendo regredi o preconceito, pois os nossos  pequeninos de hoje serão os adultos de amanhã e esse privilégio que nossas crianças "saudáveis" têm de conviver com os especiais e vice-versa, é riquíssimo para quebra de paradigmas da discriminação,onde eles  aprendem com a convivência com o surdo um pouco da lingua de sinais, tornando assim possível a comunicação entre ambos; com o deficiente intelectual aprendem que o comportamento diferenciado deles é só um motivo a mais para respeitar as diferenças, com o deficiente visual eles aprendem a  admirar a capacidade extraordinária de ler e escrever em Braille, de superar suas limitações...
Com o deficiente físico aprendem que não há limites, mesmo quando a limitação insiste em te fazer parar, em duas rodas ou "andando" do jeito que lhes é possível e de um jeito até que nos parece impossível, eles nos mostram uma capacidade ímpar de não desistir, mas prosseguir e ser feliz.
Se essa INCLUSÃO vale a pena??? Claro que sim!!! Mas se faz necessário que governo, professores e profissionais da área juntos com os pais busquem soluções que farão desta inclusão uma realidade.

                         Texto escrito por Joseni Tavares Barros dos Santos